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Papo Sério - 5ª Parte


Não jogue indiretas, seja autêntico.

   "Ei fala na cara”, este é o termo que usamos quando nos tornamos vítimas das famosas in (diretas), comportamento este que geram muitos conflitos no meio social. Além de envolver pessoas que nada tem haver com tais divergências.

    Existem vários meios de resolvermos uma insatisfação sem ir a público, a franqueza e a delicadeza é uma delas e fazem parte da nossa educação e respeito para com quem quer que seja. Este tipo de conduta geralmente parte de pessoas que embora aparentem ser sérias guardam dentro de si ressentimentos, acumulam mágoas, ficam furiosas por algum motivo e jogam no ar sua indignação sem ao menos dar ao outro uma chance de defesa. 

   Não citam nomes, mas expõem de maneira covarde situações e divergências desrespeitando sem piedade alguma os sentimentos alheio. IN (diretas) são palavras disfarçadas, com cheiro de confusão, sendo oculta e ao mesmo tempo clara naquilo no que se quer dizer, nos fazendo formular perguntas do tipo, "será que esta foi pra mim"? ou às vezes nem de tempo pra isto, logo percebemos. 

   Infelizmente é um "jogo" usado tanto no mundo real quanto no mundo virtual, tenho presenciado muito nas redes sociais, status maliciosos, textos sem nexo, e outros. Quem “joga indireta”, do tipo que não leva "desaforo pra casa", do tipo "falo que penso e ponto", falam de coisas que talvez tenham surgido de uma fofoca ou de uma má interpretação, mas não entendem que a verdadeira sabedoria consiste em agir com sensatez e sinceridade, expor de forma inteligente seus ressentimentos e não privar o outro de uma explicação. 

   Para se ter uma boa convivência precisamos aprender a lei do respeito, e principalmente sabermos ouvir e escutar antes de qualquer atitude que venha por em risco uma boa amizade, uma inteiração harmoniosa e a confiança para com aqueles que estão a sua volta.
  
   "Meias verdades" ferem, destroem relacionamentos e denigrem a sua própria imagem. Que sejamos verdadeiros em nossas atitudes, mesmo que elas pareçam grosseiras, mas que sejamos nós, sem meias palavras, jogando limpo, assim poderemos nos apresentar como pessoas de confiança que não manda recados, nem usa atalhos, apenas assume com inteligência o que realmente não é do seu agrado sem medo, sem confusão.

   by Moreno Jambo


Arrogância, cuidado com ela.

   Pessoas que “se acham” são aquelas que não cabem em si de tanta arrogância. Ouvi dizer de uma dessas pessoas que disse: “Eu não só me acho. Eu me tenho certeza!” São pessoas que perderam a noção do ridículo e vivem exigindo que outras as sirvam como súditos de um tempo que não existe mais.

   Pessoas que “se acham” são aquelas que se desprenderam da realidade; perderam qualquer noção de humildade. E é bom lembrar que a palavra humildade tem sua origem em “húmus” (terra) e que, portanto, uma pessoa humilde é aquela que tem os pés no chão e sabe que ninguém chega ao pódio sozinho. Pessoas arrogantes e que “se acham” parecem acreditar poder vencer por si mesmas, sem a ajuda de ninguém. Daí o fato de que as pessoas arrogantes são sempre ingratas, ou seja, não são capazes de agradecer.

   A verdade é que essas pessoas quase sempre acabam solitárias, abandonadas. Não há quem suporte viver ao lado de quem não diz sequer um “muito obrigado!”. Não há quem suporte viver ao lado de pessoas que vivem olhando para um espelho e se admirando o tempo todo. Não há quem suporte viver ao lado de pessoas que só falam de si e que exigem que seus desejos sejam atendidos sem qualquer consideração às dificuldades alheias.

   Pessoas arrogantes são malcriadas, sem educação, sem polidez. Não possuem nenhum grau de empatia. São incapazes de se colocar no lugar de outras pessoas e sentir o que elas sentem. Para elas, todo mundo é ignorante, preguiçoso, dotados de má vontade. Dirigem palavras duras e rudes principalmente às pessoas simples a quem não demonstram o menor respeito e consideração.

   Olhe no espelho e se pergunte: será que eu também não estou “me achando”? Será que não serei eu aquela pessoa que disse “não só me acho, como me tenho certeza”? Será que não estou com problemas de relacionamento na vida pessoal e profissional, em casa, no emprego exatamente por causa de meus arroubos de arrogância? Procuro nutrir um genuíno sentimento de gratidão às pessoas, desde as mais simples?

   Pense nisso. Sucesso!


   by Moreno Jambo.

Como manter o respeito se ele (a) trai ? 

   Infidelidade é um assunto que costuma gerar discussões acaloradas e quase sempre faz as pessoas apontarem vítimas e algozes da situação: “Que canalha, como pôde trair a esposa?”; “Como ela fez isso logo com ele, um cara tão bacana?”; “Se eu fosse ele, teria feito à mesma coisa!”; “Coitada, não merecia isso...”. Essas e outras frases refletem os pensamentos que geralmente surgem em conversas sobre alguém que traiu outro alguém. 

   Fugindo completamente a estes pensamentos. Explico o principal por quê: não acredito em vítimas ou algozes em relações. Em outras palavras, nos relacionamentos não há um “bom” e um “mau”, não há um “coitado” e um “carrasco”. Se as duas pessoas estão juntas, é porque algo as mantém juntas. Seja lá o que este “algo” for – amor, dependência, comodidade, companheirismo, sexo, ou tantas outras coisas – estar junto é uma escolha. Dito isso, passemos então ao nosso assunto tão complexo. 

   Vejo muitos homens e mulheres argumentando que os homens traem mais porque fazer isso “é da natureza masculina”. Essas pessoas explicam que o homem teria um desejo sexual maior do que o da mulher e por isso teria necessidade de buscar sexo fora do casamento. Isso é um mito. 

   Há estudos sobre esse assunto, que apontam que 60% dos homens e 47% das mulheres afirmaram já terem sido infiéis. Ou seja, se os homens traem mais, não é muito mais. E não há absolutamente nada de genético ou “da natureza masculina” nisso. Trata-se de uma questão essencialmente cultural. 

   Pense bem em como vivemos nos últimos 200 anos. O homem sempre foi o elemento mais importante de uma família, com mais direitos do que todos os outros membros, inclusive a mulher. A esta última cabia apenas os afazeres domésticos, o cuidado com os filhos e o zelo com o marido. Nada de muitos prazeres nem muitas escolhas. Prazer sexual, então, era algo exclusivo dos homens. Como ter prazer com a própria esposa era algo visto negativamente, era comum os homens buscarem sexo fora do casamento. As mulheres evidentemente sabiam disso e aceitavam a condição, até porque não tinham muita opção. 

   Alguém pode estar pensando: Ora, mas hoje em dia tudo é muito diferente. Sim, concordo. As coisas mudaram bastante, especialmente a partir da metade do século XX. Essas transformações, por mais radicais que tenham sido, não têm nem 100 anos ainda. Isso significa que a mentalidade de que o homem tem mais necessidade de sexo e por isso trai persiste em muitas mentes, mesmo na daqueles que nasceram já depois de todas as mudanças. 

   Se homens e mulheres traem, porque fazem isso? Aliás, por que tantas pessoas fazem isso, já que os números mostram que não são poucas? Bem, exatamente por não serem poucas é que fica difícil apontar apenas uma ou duas razões para a infidelidade. Pode-se ser infiel por solidão, raiva, insatisfação, carência, poder, vingança, busca pelo novo deseja de viver uma aventura... Vejo muitas pessoas taxativamente considerarem que se há traição, não há amor. Não penso que seja bem assim. 

   O que me parece haver em comum nas situações em que as pessoas são infiéis é a busca de algo que não encontram na relação. Uma mulher, por exemplo, pode trair por não encontrar em seu relacionamento a compreensão que desejava. Trai, então, não por não amar o companheiro ou por uma aventura, mas buscando ser compreendida. Um homem, por sua vez, pode trair por sentir seu relacionamento como tedioso. Assim, por não querer deixar a mulher que ama, busca meios de ter a emoção que deseja. Estes não são os únicos exemplos. Muitos outros poderiam ser dados, com diferentes situações que têm como pano de fundo da infidelidade à busca por algo que a relação não oferece. 

   A infidelidade, quando descoberta, sempre gera sofrimento. O traído sofre por razões óbvias. O homem geralmente se sente humilhado, enquanto a mulher descobre, da pior maneira possível, que não era tão única e especial quanto imaginava ser. E até quem foi infiel também acaba sofrendo, não simplesmente por ter sido descoberto, mas porque se escancaram as dificuldades que há no relacionamento. 

   E como evitar todo esse sofrimento? Antes disso, como evitar que a infidelidade seja percebida por um membro do casal como necessária? A resposta está no diálogo entre os dois. Se uma pessoa é infiel por sentir falta de algo em seu relacionamento, o outro precisa saber que este algo está faltando. Cabe a cada um a responsabilidade de dizer ao (à) companheiro (a) o que está sentindo, no que está insatisfeito (a), o que desejaria mudar. De nada adianta simplesmente culpar o outro, a rotina, o tempo de relação, a qualidade do sexo e tantas outras coisas que acabam servindo de argumento para a infidelidade. Se há um problema, é preciso compartilhá-lo com o outro, para então solucioná-lo a dois.


   by Moreno Jambo.

O que leva o sexo a acabar no casamento? 

   Há várias razões que levam duas pessoas a se casarem. O sexo, em muitos casos, não é colocado como prioridade e então um dos dois, ou os dois sabem que algo não vai bem, que não conseguiram se acertar ainda, mas deixam de lado essa questão e seguem em frente com os preparativos da união. É claro que daí a algum tempo, o que já não ia bem, irá piorar.
   Não existe uma mudança mágica com o casamento. O que muda a história de um relacionamento sexual de mal para bem resolvido, é investimento pessoal em autoconhecimento, muito diálogo aberto a respeito do que cada um gosta e deseja clareza dos limites e possibilidades de cada um e do casal. E por fim, conhecendo melhor um ao outro e aceitando quem o outro é nas alegrias e tristezas decorrentes disso, poderão começar a ter reais possibilidades de fazer dar certa a busca do prazer. Alguns casais não conseguem fazer isso sozinho e precisam da ajuda de um terapeuta de casais, de preferência que trabalhe na área de sexualidade.

   De maneira diferente, muitos casais, desde o início investem na sexualidade como algo realmente importante e valorizam esse quesito como fundamental para seguir em frente com o casamento. No entanto, quando o mesmo acontece e começam as novas responsabilidades, uma convivência diária e diferente do que era até então, será preciso uma atenção maior e sensível para continuar fazendo da vida sexual algo estimulante. Isso por que com tantos afazeres, compromissos, estresse, quando se chega em casa, o que mais se quer é relaxar. E o risco, é relaxar também no cuidado consigo e com o outro. Não se pode esquecer o papel de amantes que devemos continuar tendo no casamento. Amantes um do outro. 

   Portanto, não dá prá ficarem acomodados. Repito, esse é um dos grandes riscos do sexo prazeroso no casamento. Cada um pode ser muito estimulante para o outro, mas se caírem na rotina, não trouxerem novidades, inovações, entram na área de risco do desestímulo. Assim, imaturidade seria pensar que tudo se resolve sem dedicação ou ficar acusando o outro, ou o acaso de todos os problemas. Incompatibilidade entre sexo bom e casamento, pode se tornar realidade se o casal permitir, por falta de investimento um no outro visando o prazer. 

   É preciso dedicar tempo, criatividade, e curtir planejar os momentos de ficar junto com o par. Saber que pode ser surpreendido a qualquer momento pelo ser amado, com mimos, atos de sedução é uma delícia. O casamento pode ser uma fonte de sexo garantido e, portanto esse fato pode ser muito estimulante. O que tira o encanto é se os dois já souberem, mesmo antes das preliminares começarem, o caminho que será percorrido - sempre a mesma coisa. O orgasmo pode até acontecer. Mas ficará, com certeza, uma ponta de insatisfação, que tende a aumentar e tirar a vontade de transar outra vez. Daí, o sexo vai escasseando mesmo. 

   Então, mãos à obra. Se vocês querem uma vida sexual estimulante, não basta querer, tem que fazer acontecer!


   by Moreno Jambo

A necessidade de aparecer

    É comum que se queira contar as boas novidades, mostrar as conquistas, compartilhar com quem gostamos tudo de legal que possuímos (materialmente ou não). Mas este processo de exposição precisa ser feito sem deslumbramento, com habilidade (seria maturidade a palavra correta?) para não nos expormos desnecessariamente ou até impormos aos outros coisas que nem lhes interessam, pois quando é este o caso, o comportamento deixa de ser de exposição ou expressão e passa a se tornar puro exibicionismo. A linha disso é tênue se não estamos atentos.

   Necessidade de aparecer todos nós temos, uns mais, outros menos, seja por razões ou valores diferentes. Essa necessidade exacerbada, esse exibicionismo, normalmente está atrelado a busca de uma maior valorização de si mesmo, de reconhecimento, seja por parte dos outros ou de nós mesmos. Explico melhor…

   Se me sinto ruim comigo mesmo, com inferioridades e recalques (coisas tão difíceis de se assumir até para si), provavelmente vou buscar ter, e mostrar muito, as coisas que me valorizem, não importando se são conhecimentos, roupas, dinheiro, experiências de vida, unhas bem pintadas, eletrônicos, coleções, uso de marcas específicas, carros, títulos ou até mesmo capinhas de celular!

   Inconscientemente tentamos chamar a atenção alheia para aquilo que temos e achamos bacana. O brabo disso é que – na grande maioria das vezes – os outros não têm os mesmos valores que nós e olham para as nossas ‘riquezas’, ‘posses’, ‘status’ com ar de desinteresse, outros até mesmo de desdém, pois para aquele alguém aquilo não é um valor. Aí vem o constrangimento, a pessoa com baixa auto estima está lá, se esforçando (mesmo que pense que os outros não notem isso) e exibindo seus ‘dotes’ e é absolutamente desprezada por quem observa! Também acontece de alguém, por pena ou compaixão, lhe dar atenção e elogios, percebendo o quanto aquilo é importante para aquele que se mostra tanto. Talvez, quando conseguir mostrar apenas aquilo que possui genuinamente, mesmo que sejam coisas que não lhe pareçam tão glamorosas, possa ser mais respeitada e verdadeiramente admirada pelos outros. E enfim terá o tão necessitado reconhecimento. Se não, com o tempo, vai lhe restar apenas aquele ditado de quando eu ainda era criança: “Quer aparecer, pendura um melancia no pescoço!”.


by Moreno Jambo

Só valorizamos as alegrias quando a dor se instala.

        Porque será que a maioria de nós, aliás a grande maioria, não valoriza as alegrias do cotidiano a não ser quando chega o sofrimento? Reclamamos que a comida está ruim, mas se ela nos falta, nos damos conta de sua importância...

     Resmungamos que estamos estressados, mas quando a doença vem, lembramos de como éramos felizes apenas por poder andar, respirar e fazer nossas atividades normalmente, sem os entraves da debilitação...


     Quando uma pessoa próxima morre é que nos lembramos de exaltar suas qualidades... Se o frio é insuportável, só assim vemos o valor de ter um teto para morar e roupas quentes...


     Tem gente que gasta boa parte do precioso tempo da vida reclamando de tudo. Uma hora reclama de não ter tido sorte, das coisas não darem certo, outra hora bota a culpa nos outros pelos próprios fracassos. A única coisa que não passa pela cabeça desse tipo de ser humano é admitir a própria incompetência. Fica mais fácil culpar os outros diante das dificuldades que são inerentes a todos, embora sejam diferentes de uma pessoa para outra. Porém, a principal diferença está na cabeça de cada filho de Deus, pois, enquanto uns olham para os problemas do dia a dia como obstáculos que precisam ser ultrapassados, outros veem montanhas intransponíveis.


     É fundamental que nós, pais, tenhamos a capacidade de fazer com que nossos filhos aprendam a importância de superar obstáculos na busca pela concretização de seus sonhos. Muitas vezes incorremos no erro de tentar fazer com que a vida pareça mais fácil do que realmente é na prática. Quando tentamos desviá-los do confronto com dificuldades inerentes à vida, com as quais eles precisam saber lidar, podemos causar um grande prejuízo para o futuro deles. Ajudá-los a vencer, sempre. Tirá-los do foco, nunca.


     O Ser Humano abomina os problemas e dificuldades, mas pelo que vejo, eles são necessários para aprendermos o real valor das coisas, dos acontecimentos e das pessoas.


     Somos muitas vezes ingratos com os presentes que recebemos da Vida...


     É só quando a dor se instala que revemos nossos conceitos, que refletimos sobre a grandeza de ser saudável, de ter ao nosso lado quem amamos, da mesa farta, dos recursos materiais, do nosso trabalho.


     A Vida seria tão mais bem aproveitada se soubéssemos apreciar estas alegrias, sem precisar perdê-las; tudo seria vivido com mais intensidade, com mais leveza e satisfação.


     Não espere a dor chegar para ser grato pela sua saúde, pela sua casa, seus pertences, pela comida que não te falta, pelas pessoas que te amam...


     Pois algumas coisas se vão de maneira irreversível e nesta hora, será tarde demais para arrependimentos.


     Perder tempo reclamando de tudo, não muda as coisas e ainda nos faz deixar passar oportunidades incríveis de sermos felizes. Feche seus olhos agora, agradeça por tudo que tem, pense nas pessoas que não tem nada, naqueles que não tem saúde, não tem comida, não tem um teto e nem alguém com quem contar... 


     Agradeça do fundo do seu coração por ter visão para ler este artigo, por suas mãos perfeitas, por sua mente ativa que pode agora refletir sobre isso, agradeça e abra agora seus olhos e também seu coração para as alegrias que te rodeiam, não subestime suas conquistas e nem se transforme em um ingrato pessimista por causa das derrotas.


     Não se limite a agradecer por ter mais do que o básico. Não basta dizer muito obrigado à vida por meus braços perfeitos, por minha visão, pela saúde, pela força que tenho para trabalhar, por minhas pernas perfeitas. É preciso bem mais do que isso. É necessário que eu me importe com os meus irmãos que não tiveram a mesma sorte que eu, fazendo o que estiver ao meu alcance para minorar o sofrimento que está por todo lado para onde olho. Não sou uma ilha, nem só de reclamação, nem tampouco de contentamento.


     Com esta consciência, ao olharmos em volta, podemos perceber e valorizar cada segundo de vida! Use os problemas e desafios para crescer, aprender, mudar, mas não para lhe despertar para as belezas que te cercam, esta visão, deve ser desenvolvida todos os dias. 


     by Moreno Jambo.

  

Não Exponha Seu Corpo 

   Vamos pensar num assunto difícil de ser modificado pelas pessoas. Reflita sobre o que aqui será exposto e tenha coragem de mudar, se necessário, o que você tem feito quanto à exposição do seu corpo. Não tenha medo de críticas.

   Um corpo bonito, um rosto bonito, atrai a vista, são agradáveis de ver, mas não devemos nos esquecer de que o corpo é o sustentáculo da mente, e é na mente onde encontramos as maiores expressões da pessoa. Muitas pessoas bonitas de corpo e de rosto se sentem péssimas quanto a si mesmas, talvez até porque a família, amigos, etc. sempre elogiavam e exaltavam os aspectos físicos desta pessoa que aprendeu que o maior valor dela estaria nas características físicas. Ela mesma pode ter crido nisto e passado a viver de acordo com esta crença (falsa) e, assim, ter impedido o crescimento interior, de sua pessoa. E tal impedimento, com frequência, gera problemas emocionais muitas vezes complicados e produtores de muito sofrimento pessoal.

   Parece que a motivação principal para alguém expor seu corpo é tanto o prazer de mostrar-se quanto o desejo de ser aceito e amado. Gostar do belo não é o problema aqui. Vemos na criação na Natureza o belo como presente sempre. Belo do ponto de vista funcional, estrutural, fisiológico, nutricional, anatômico, arquitetônico, estético, etc. Então, desejar o bonito é saudável, está de acordo com o pensamento do Grande Projetista Criador do Universo. Problemas começam a surgir quando o desejo pelo belo começa a tornar-se obsessivo, ocupando o lugar de necessidades vitais do indivíduo, como saúde, segurança, relacionamentos humanos funcionais (equilibrados), paz interior.

   Gostaria de focar meus comentários agora sobre a exposição do corpo por parte das mulheres. Parece que as jovens mulheres (e outras não tão jovens) expõem seu corpo através de roupas sensuais como uma forma de obter atenção, prazer pessoal, compensação de possíveis carências emocionais que por razões variadas levam tais pessoas a crerem que isto (expor o corpo) produzirá satisfação interior e resolução de tais carências, o que não acontece. Ou fazem isto porque afirmam que se sentem bem consigo mesmas expondo o corpo publicamente. Pode sentir-se bem após horas no sol por obter um bronzeado na pele e, no entanto está correndo risco de um câncer de pele ou envelhecimento precoce da pele.

   Quando uma mulher usa roupas sensuais na intenção de obter a atenção e o afeto de um homem, o que provavelmente ela obterá dele será a atração física. E poderá ser só isto. Pode ser que um homem que se sentiu atraído por uma mulher por causa do corpo dela, desenvolva afeto real por ela, mas isto não é nenhuma garantia. As mulheres que desejam ter relacionamentos afetivos duradouros, felizes, precisam pensar nisto e entender isto para evitar caírem nesta armadilha tão comumente usada que produz tantas histórias difíceis e dolorosas.

   Diariamente escutamos relatos de crianças sem pai por causa de gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, infidelidades, frustração seguida de depressão, tentativas de suicídio, surgimento de dependência química, incluindo o alcoolismo, dependência de medicamentos, etc. Tudo porque uma mulher usando uma roupa sensual atraiu a atenção de um homem. Ele confundiu amor com atração física, passou para ela a ideia de que a amava, quando gostava é do corpo dela e do que ele proporcionava para o indivíduo, e ela se deixou levar por esta fantasia, pensando que era afeto real e maduro.

   Se você, mulher, usa roupas sensuais desejando conseguir a atenção masculina para a obtenção do amor, mude de estratégia. Não exponha seu corpo. Proteja a si mesma de frustrações evitáveis. Cuide bem de seu corpo, alimente-se corretamente, pratique exercícios físicos, mantenha peso normal, cuide bem de sua higiene e aparência pessoal, permita ao seu corpo o descanso necessário, mas evite expor o mesmo indevidamente, sensualmente em público. 

   Ter pudor é ter maturidade e saúde. Não é ser careta. É saber preservar-se como ser humano. O afeto verdadeiro e gratificante por uma mulher da parte de um homem saudável mentalmente ocorrerá dependendo das características de personalidade, da forma como é manifesto o temperamento, da firmeza de caráter dela. Se o homem for mau caráter, ou um compulsivo sexual, um libertino, ou imaturo, nestes casos, só interessa mesmo a ele o que tem que ver com prazer visual e físico. Ele não sabe amar maduramente. Pelo menos ainda não sabe.

   O que você quer? 
   Que alguém se aproxime de você afetivamente com sincero interesse pela sua pessoa, ou por causa do seu corpo?
O que deve ser exposto para surgir o amor maduro é um caráter saudável e não um corpo mesmo que bonito e atraente.

by Moreno Jambo.

VOCÊ SABE LIDAR COM A CARÊNCIA?

   Sentir-se carente é algo que acontece com todos os seres humanos. A carência afetiva pode ser mais ou menos intensa, pode durar um período curto ou longo e algumas pessoas vivem no estado de carência uma vida inteira.

   O que ocorre na maior parte das vezes é que não fomos treinados para suprir nossas carências, ao menos temporariamente. Imaginamos que esse suprimento afetivo só pode ocorrer se estivermos com um parceiro ou parceira. Não é à toa que existe muita gente que "não consegue ficar sozinha".

   Temos várias fontes de afeto que não reconhecemos como tal porque nossa cultura praticamente exige que estejamos namorando ou casados, como se isso fosse garantia de plenitude afetiva. Não é!

   E por causa dessa crença ficamos menos seletivos, acabamos por entrar às cegas em relacionamentos que se transformam em sofrimento e problema assim que termina a fase do encantamento, da sedução. Vemos-nos envolvidos com pessoas difíceis, ciumentas demais, exploradoras, insensíveis, desrespeitosas, com uma personalidade muito distante daquilo que pretendíamos ter ao nosso lado. E por medo da solidão, na ilusão de que estar com alguém estaremos a salvo da carência, não nos damos conta de que continuamos esvaziados de afeto, mendigando amor e atenção.

__OLHE AO REDOR -

   Quando você se sentir carente, volte seu olhar para os outros setores de sua vida e perceba o quanto está perdendo em qualidade de vida afetiva quando acredita que só pode ser suprida ao estar mergulhada num relacionamento a dois. Preste atenção em:

Sua família - seus pais, por mais que vocês tenham problemas de convivência, demonstram o amor das mais variadas formas: fazendo aquela comida gostosa, cuidando da organização e sustento da casa, se interessando por seu bem estar. Abra seu coração para esse carinho silencioso, saiba receber e retribuir. Reconheça o afeto contido nas pequenas atitudes.

Seus filhos - pequenos ainda, ou adolescentes e mesmo já adultos, demonstram seu carinho com uma brincadeira, dividindo um segredo, partilhando uma alegria, demonstrando confiança. 

Seus amigos - o convite para uma festa, a declaração de amizade, o ombro oferecido sem outro interesse a não ser amparar você ou a busca de seu ombro confiando problemas. 

Seus colegas de trabalho ou de colégio/faculdade - a ajuda prestada numa matéria ou a orientação sobre as diretrizes da empresa são uma atitude generosa, o convite para o almoço ou para a balada demonstrando que sua presença é querida...

 __APRENDA A NUTRIR A SI MESMO -

Se você aprende a reconhecer nos pequenos gestos uma atitude afetiva, você passa a se sentir muito mais suprido e feliz. "Se você aprende a reconhecer nos pequenos gestos uma atitude afetiva, você passa a se sentir muito mais suprido e feliz." Mas tão importante quanto sentir-se nutrido por colegas, amigos, familiares e filhos, é aprender a nutrir a si mesmo. 

Valorize suas qualidades e aprenda a reconhecer as coisas legais que você faz, a pessoa bacana que você é! Aprenda a dar a você mesmo pequenos presentes, desde uma xícara gostosa de café até uma merecida viagem de férias. Mas faça isso com consciência, sem ligar o "piloto automático". 

Enquanto estiver preparando seu café, curta esse momento, perceba que você pode se afagar quando curte o prazer de deitar em lençóis cheirosos ou quando prepara a pipoca para assistir àquele filme que queria tanto ver.

Os pares que escolhemos para compartilhar a vida a dois estarão muito mais próximos de nos satisfazer afetivamente quando somos movidos pelo desejo de estarmos acompanhados, ao invés de estarmos movidos pela necessidade de suprir nossas carências. 

Quando estamos em paz por sabermos que somos capazes de nos suprir de diversas formas, estamos também mais alerta, conseguimos detectar melhor se a pessoa com quem estamos nos envolvendo tem as qualidades que desejamos e merecemos.

É muito importante estar "antenado" em você mesmo e reconhecer o tanto de afeto que o cerca. E antes de sair desenfreadamente buscando do lado de fora preencher os vazios do seu coração, faça antes por você mesmo o que gostaria que alguém fizesse. 

Ou seja, cuide de você. Ame-se!

by Moreno Jambo.

VOCÊ QUER TER RAZÃO OU SER FELIZ?

É de se supor que a maioria das pessoas responderá da seguinte forma à pergunta acima: “é bem melhor ser feliz do que ter razão”. No entanto, não é o que se vê na prática das relações. Mesmo não admitindo, muita gente quer ter razão sim. Aliás, até confunde as coisas e só se sente feliz quando consegue convencer os demais de que está certa, de que está com a tal razão. 

 “Deixar prá lá” ou simplesmente ignorar determinadas situações não é tarefa fácil nos dias de hoje. Somos estimulados o tempo todo a competir e a sermos os melhores em tudo: desde um evento corriqueiro no ambiente doméstico às ações que têm impacto coletivo. 

Por isso brigamos, impomos nossa visão, usamos e abusamos da nossa capacidade de persuasão para, no fim, muitas vezes, ter de aceitar a derrota e ainda amargar a frustração (habilidade para qual não fomos treinados, infelizmente). 
Sobre este assunto eu proponho um exercício a você: pare por alguns minutos e liste ocasiões em sua vida pessoal e profissional em que você teve de optar por “abandonar a causa”, uma vez que não conseguiu fazer valer suas verdades... 
Para muita gente isso causa muito sofrimento. 

Ter de ceder ao outro, mesmo sabendo que ele está errado, é um exercício de soberania emocional, que cabe somente a quem está com a consciência muito tranquila, autoestima em dia e de bem com o mundo. 
Francamente, se você lida com “pessoas difíceis”, aquelas que acham que sabem tudo, que são donas da verdade e que só o que elas fazem é o melhor, para quê insistir em ter razão? É claro que estes comportamentos não estão escritos na testa da pessoa. 

Mas tenho uma dica: ao perceber que vai travar um embate com o tal “sabe tudo”, o “dono da razão”, tente pelo menos uma vez mostrar o outro lado, explicar seus motivos. Caso você observe reações exageradas da outra parte, uma insistência inútil em ideias sem fundamento ou uma postura desrespeitosa com regras predeterminadas, meu caro amigo: dê a razão quantas vezes forem necessárias! 

Ok! Concordo que nem sempre é possível e que dar a razão assim sem mais nem menos pode ser desastroso, dependendo do caso. Mas de uma coisa tenho certeza: você estará preservando sua saúde emocional, seu equilíbrio e as energias de que tanto precisa para tocar sua vida. Assim como você, já passei por diversas situações em que fui testado (e sei que ainda vou passar por tantas outras). 

Sinceramente confesso que precisei incorrer várias vezes na teimosia antes de perceber que a melhor atitude é dar a razão a quem deseja vorazmente. Num primeiro momento pensamos estar saindo no prejuízo ao ter de concordar com o reducionismo alheio a questões que são bem mais complexas quando interpretadas com ética e liberdade. Mas é só abrir um pouco mais a percepção para entender que o prejuízo é de quem preferiu continuar com a visão turva sobre os fatos, e o que é pior, com a seguinte crença: “viu como eu sei sobre o que estou dizendo?”. 

Se você ainda não se deparou com os “donos da razão”, se prepare! Eles vão aparecer na sua vida. E ao invés de “dar murro em ponta de faca”, como diz o ditado popular, dê corda para seu interlocutor. Provavelmente ele a usará para se enforcar, sem perceber o mal que sua intransigência lhe faz. 

Ao dar a razão para o outro não precisamos mudar nossas posições ou se “entregar ao sistema”. Só estamos usando inteligência emocional, pois muitas vezes a outra pessoa age assim por pura ignorância, por ter sido mimada demais ou por optar raciocínios pífios, que não requerem nenhum esforço para o seu crescimento pessoal. 

Comece a prestar atenção aos seus embates do dia a dia. Experimente deixar o outro “se achar”. Não zombe e tome cuidado para não parecer cínico demais ao concordar com tudo. Aos poucos você vai experimentar uma sensação de alívio por não ter entrado na neurose alheia. 

Lá na frente, mesmo o outro tendo levado adiante sua “razão”, com certeza ela se enfraquecerá. E nesta hora, você estará ainda mais forte e pronto para colocar em prática seu bom senso. Nem de longe isso é vingança. 
Pelo contrário: é uma escolha saudável na complicada teia de relacionamentos.

'Moreno Jambo'

FILHOS, PAIS SEPARADOS

   Hoje em dia, um número cada vez maior de adultos estão criando sozinho seus filhos. Em geral isso ocorre em virtude de um divórcio ou separação. Certos pais, depois da separação, conseguem permanecer sendo um casal no sentido de serem os pais de seu filho. 

Quando isso acontece, a criança é evidentemente favorecida. Se os pais querem que seus filhos sejam felizes, o vínculo filial deve ser preservado independentemente dos laços conjugais. A grande confusão que acaba ocorrendo na cabeça das crianças é quando os adultos misturam as figuras de marido e mulher com as de pai e mãe. Quanto menores forem os filhos, tanto mais necessitam de pai e mãe. Quanto mais dependentes, no sentido de necessitar de cuidados, mais irão exigir uma figura que supra suas necessidades. Essa figura tanto pode ser a materna quanto a paterna.

A capacidade que as crianças pequenas têm de diferenciar a realidade da fantasia é pequena, de modo que estas podem, em sua imaginação, sentir-se responsáveis pelos eventos a seu redor. Portanto, não é incomum que elas sintam terem afastado o pai ou a mãe. Se os pais puderem continuar a ser amigos e a compartilhar a responsabilidade e o amor pelo filho, este passará a compreender e acreditar que não é responsável pelo término do relacionamento dos pais.

Tendo em vista, porém, as características da natureza humana, é comum que a capacidade dos pais divorciados de assumir uma responsabilidade adulta pela criação do filho diminua, e a criança pode então se tornar um "joguete" no relacionamento. Crianças pequenas são muito vulneráveis e precisam ser protegidas das discussões, que muitas vezes não conseguem compreender, mas cujo impacto emocional certamente são capazes de sentir.

Portanto o importante é que na separação os pais poupem a criança de sofrimento. Tentar explicar a razão por que estão se separando pode apenas confundir ainda mais a criança. O que ela provavelmente precisa é de um relato, o mais simples e direto possível, das mudanças que a separação trará. Acordos relativos aos dias de visita são mais facilmente compreendidos por crianças de sete anos do que por crianças menores.

Os filhos não devem ser colocados como culpados, responsáveis ou participantes da separação conjugal. O melhor é transmitir aos filhos que o casal irá se desfazer, mas que os vínculos de pai e mãe serão preservados o máximo possível.

'Moreno Jambo'

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